Geralmente quando se pensa ou fala de
disciplina, principalmente na instituição escolar, esta vem carregada de
sentido negativo. Porém segundo Fourez (2002) as disciplinas são extremamente
importantes e fazem parte do patrimônio da humanidade. “Um tanto tolo seria
quem advogasse pelo abandono do ensino destas abordagens “disciplinares” (FOUREZ,
2002, pag. 2). Mas, conforme o autor há um único inconveniente, as abordagens
disciplinares trazem consigo representações e interpretações sempre parciais em
relação a uma determinada situação. As respostas são limitadas.
Nesse contexto surge a interdisciplinaridade que
é a contribuição de várias disciplinas no sentido de buscar respostas sob pontos
de vista diferentes para a construção de uma representação de uma situação.
Analisando sob a ótica da instituição escolar
muitos são os aspectos positivos trazidos pela interdisciplinaridade, como
também riscos e perigos.
Aspectos
positivos:
· O ensino e a aprendizagem
fundamentados na pesquisa;
· A possibilidade de
construir um projeto coletivo;
· Caminho para qualificar
a formação do sujeito, tendo em vista a integração dos conhecimentos, saberes e
valores;
· Legitimação e
valorização do conhecimento do aluno;
· Desmistificação da
hierarquia das disciplinas.
Riscos
e perigos:
· Repetir o reducionismo e
a fragmentação dos conhecimentos;
· Tornar o conhecimento
descontextualizado;
· Desgastar o conhecimento
ao “forçar” o trabalho com um determinado tema.
Mesmo diante de vários aspectos positivos da
interdisciplinaridade, e de profissionais que querem e lutam pela mudança na
Educação, encontramos ainda nas escolas algumas dificuldades para
implementá-la:
· Conhecimento sobre como
diversificar as metodologias e como trabalhar de maneira integrada;
· Tempo e espaço adequado para
o planejamento coletivo e para o registro e elaboração do Projeto Político
Pedagógico;
· Construção e
reorganização dos espaços físicos;
· Equipe pedagógica
atuante na coordenação dos trabalhos;
· Recursos tecnológicos,
especialmente computadores e internet.
· E, principalmente o
querer fazer e mudar por parte de alguns profissionais da Educação.